Saci
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Saci
A primeira vez que ouvi falar sobre o Saci foi em criança, numa série infantil brasileira chamada “O sítio do pica-pau amarelo”.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]Mais recentemente, ouvi novamente falar desta criatura no dia de Halloween, em uma música com o mesmo nome por uma banda de metal cômico liderada por Detonator (personagem fictícia protagonizada por Bruno Sutter, um comediante brasileiro).
Assim, a minha curiosidade sobre o Saci, foi novamente despoletada.
Quem é o Saci?Assim, a minha curiosidade sobre o Saci, foi novamente despoletada.
Saci, também conhecido por saci-pererê, é visto como uma figura maléfica ou brincalhona (até com uma certa graça), variando esta visão consoante a localização no Brasil. Mas falando da palavra em si, Saci é de origem Tupi Guarani (conjunto de línguas indígena, provenientes da américa do sul, predominante nos índios Brasileiros antes da chegada, dos portugueses ao Brasil), vem do termo Sa’ci, que significa “olho ruim”, já o termo Pererê, originalmente prenunciado Matimpererê, significa “saltador”. Assim, na totalidade, o seu nome significa “olho ruim que salta”. O que é compreensível, uma vez que segundo os primeiros relatos de avistamentos de Sacis, os seus olhos giravam assustadoramente.
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Há ainda, quem fale em três tipos de Sacis:
- O Pererê: o pretinho;
-O Trique: o moreno e brincalhão;
- O Saçurá: o de olhos vermelhos.
Ele também tem a capacidade de se transformar numa ave, Matiaperê, a qual emite um assobio tão agudo que não é localizável. Isto era-lhe bastante útil em sua missão como guardião das ervas medicinais. Neste papel, o Saci encarnava uma criatura brincalhona, que se divertia com animais e pessoas, fazendo travessuras. Ele gosta de atrapalhar a vida doméstica, fazendo a vida num inferno a donas de casa, trocando utensílios de cozinha, trocando o açúcar por sal, distraindo cozinheiras de modo a que estas deixem a comida queimar…
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Porém não era só a donas de casa que ele criava situações desagradáveis, ele também esconde brinquedos, gosta de assustar viajantes noturnos com assobios e soltar animais de currais. Já com os animais, ele os faz correr até se cansarem, fazendo tranças na sua pelagem… Apesar de todas essas travessuras, o Saci não adotava estes comportamentos com o objetivo de prejudicar ninguém, nem fazer mal.
- O Pererê: o pretinho;
-O Trique: o moreno e brincalhão;
- O Saçurá: o de olhos vermelhos.
Ele também tem a capacidade de se transformar numa ave, Matiaperê, a qual emite um assobio tão agudo que não é localizável. Isto era-lhe bastante útil em sua missão como guardião das ervas medicinais. Neste papel, o Saci encarnava uma criatura brincalhona, que se divertia com animais e pessoas, fazendo travessuras. Ele gosta de atrapalhar a vida doméstica, fazendo a vida num inferno a donas de casa, trocando utensílios de cozinha, trocando o açúcar por sal, distraindo cozinheiras de modo a que estas deixem a comida queimar…
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Porém não era só a donas de casa que ele criava situações desagradáveis, ele também esconde brinquedos, gosta de assustar viajantes noturnos com assobios e soltar animais de currais. Já com os animais, ele os faz correr até se cansarem, fazendo tranças na sua pelagem… Apesar de todas essas travessuras, o Saci não adotava estes comportamentos com o objetivo de prejudicar ninguém, nem fazer mal.
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Na natureza, ele surge como fundamental no controlo, conhecimento e manutenção de tudo o que se relaciona com plantas medicinais. Com este papel de guardião, foi-lhe dado o domínio das matas, onde guarda estas plantas medicinais. Aí, ele confunde as pessoas, que se atrevam à colheita dessas plantas sem que lhe peçam permissão.
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Outra referência curiosa acerca do mesmo é que popularmente se diz que em todos os redemoinhos há um Saci. Ou que quando alguém é perseguido por ele, deve largar cordéis com nós ao longo do caminho, porque assim ele para e vai desatar esses nós, focando-se nos cordéis e deixando escapar o que perseguia.
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Para apanhar um Saci, diz-se que se deve lançar um rosário de mato bento ou uma peneira sob o remoinho, aí também se deve tirar-lhe o gorro vermelho e depois prendê-lo numa garrafa. Assim consegue-se controlo sobre ele, uma vez que obedecerá ao proprietário. Este gorro vermelho, detentor de poderes mágicos, confere assim um desejo a quem o tiver.
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Qual a origem do Saci?
O Saci é originalmente brasileiro, porém há influências da mitologia africana e até mesmo do folclore português, no que diz respeito à sua descrição.
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Como surgiu o Saci?
Surge no final do século XVIII, inícios do século XIX, por volta da época colonial, provavelmente na zona Sul do Brasil. Nesta altura ele era descrito como um menino indígena, com pele morena e um rabo, que passava a vida a fazer travessuras na floresta. Mas, ao emigrar para o Norte, a personagem sofreu algumas alterações, com fortes influências da cultura africana. Aí, ele ganha uma tonalidade de pele negra e conta-se que perdeu uma das pernas numa luta de capoeira, uma imagem que prevalece até aos dias atuais. Ainda sob as influências dessa mesma cultura, ele aparece com um cachimbo no canto da boca e sob, mais tarde, a influência do folclore português (a propósito do lendário Trasgo, uma criatura do nosso folclore, que mais se destaca no Norte do país) também aparece com píleo (gorro vermelho), o qual segundo o mito, lhe confere poderes mágicos, como por exemplo desaparecer e aparecer onde quiser.
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Na cultura popular brasileira o Saci tem vindo a ser abordado na literatura, bandas desenhadas, cinema e televisão, música e jogos. É inclusive símbolo de uma equipa de futebol. A crença do Saci, ainda é vivida com intensidade através do povo Brasileiro que vive numa região mais interior do país. Ainda há idosos que se sentam à beira da fogueira, contando histórias e experiências com o Saci aos mais novos. Ocorrendo assim uma divulgação verbal, onde o mito permanece ao longo de várias gerações.
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Um outro aspeto também bastante curioso é que o Dia do Saci veio substituir o dia de Halloween no Brasil, em 2005, de modo a dar destaque às figuras do folclore brasileiro ao invés das figuras estrangeiras.
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E assim fiquei a conhecer melhor esta criatura do folclore brasileiro, que de maléfico nada me parece ter, apesar das suas travessuras. Trata-se apenas de um mito que tem vindo a ser alimentado, desde os tempos coloniais no Brasil, cultivando histórias infantis e a imaginação do povo mais rural.
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Fontes:
-O Calagrio
-Histo é blog
-Suapesquisa
-Wikipédia
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